O nome do prato: Crepe Suzete

Quarta feira é dia de cultura!

PATÊ A CRÊPE

Uma das iguarias mais populares da França, feitos, em geral, no inverno. Os franceses têm centenas de histórias ligadas aos crepes, que surgiram no tempo dos romanos, passaram pela época dos primeiros cristãos e resistiram inalterados na sua forma e composição até os tempos modernos.

A LENDA: Em 1895, o garçon Henri Carpentier, do restaurante Maitre de Monte Carlo, errou lamentavelmente ao fazer as panquecas da sobremesa de ninguém menos do que o Principe de Gales, futuro Eduardo VII. Ao prepará-las, exagerou na dose de licor que banharia os crepes, que se inflamaram no réchaud. Sem saber o que fazer, gritou: “Voliá!” E serviu o prato.
O futuro monarca teria gostado tanto que perguntou o nome do prato, recebendo a improvisada resposta de “Crêpe Princesse”. Solicitou então que mudasse o nome para Suzette, sua companhia daquela noite. Dias depois, Henry recebeu alguns presentes da França: um anel de brilhantes, um chapéu Panamá e uma bengala.
FATO: Em 1895, Carpentier tinha 14 anos, e jamais seria designado para servir o príncipe. Depois, no entanto, ficou famoso, chegando a chef da casa Rockfeller. Repetiu a história do Suzette em diversas entrevistas e em seu livro Life à La Henri. Além do que, já em 1880, o grande Escoffier – um dos pais da culinária moderna – flambava crepes e dizia que recolheu a receita do início da Idade Média, quando ela era preparada para a festa da Virgem Maria, dia 2 de fevereiro.
Dizem, que tocar o cabo da frigideira nesse dia, segurando uma moeda, dará muita sorte e fortuna a quem o fizer. Também, vale a pena lembrar que a receita original é feita com calda de tangerina, muito mais  sutis do que a calda de laranja.

Em torno da crepe existem muitas superstições. Uma delas é o habito de levar cada convidado a preparar o seu, formulando um desejo antes de jogar a crepe para o ar. Se cair aberto e do lado certo, o desejo será imediatamente atendido. Caso contrario, só poderá voltar a ser formulado no inverno seguinte.
Outra é tentar jogá-lo para o ar, segurando a frigideira apenas com uma das mãos, mantendo a outra ocupada com uma moeda de ouro. Se cair certinho, serão garantidas ao felizardo equilibrista melhores oportunidades e riquezas. Essa superstição tem origem na Idade Média. Em muitas regiões os camponeses tinham o costume de deixar um crepe aberto na cozinha para atrai sorte e afastar o fantasma da fome.
É possível também que esta relação com as tradições dos camponeses normandos. Durante uma das festas comemoradas pela igreja francesa, os camponeses se apresentavam diante dos senhores feudais com um timbale. Dentro, levavam uma moeda de prata e um crepe. Um deles escolhido ao acaso, era encarregado de fazer soltar o crepe. Se ele caísse aberto dentro do timbale, os camponeses eram beneficiados com a redução dos impostos sobre a colheita. Daí, a conotação de sorte que passou através dos tempos.
Prato de origem rural, o crepe alçou vôo para as mesas mais sofisticadas, preparadas com produtos exóticos e raros. Atualmente, são servidos de todas as formas: salgados ou doces; simples ou recheados; abertos, enrolados ou empilhados; como sobremesa ou entrada.
Ela deve ser fina, lisa e cremosa. A frigideira deve estar quente o suficiente para firmar a massa muito rápido.




Crepe Suzete

Ingredientes/     Massa :

4 unidades
ovos
1 pitada
sal
1/2 xícara de chá
açúcar
1 lata
creme de leite
1 xícara de chá
farinha de trigo


Recheio :

2 colheres de sopa
manteiga em temperatura ambiente
3 colheres de sopa
açúcar
1 colher de sopa
licor ou suco de laranja
Raspas da casca de 2 laranjas e de 1 limão

Q.b
Açúcar para polvilhar


Para flambar :

3 colheres de sopa
conhaque
2 colheres de sopa
licor de laranja


Modo De Preparo:
Bata no liquidificador os ovos, o sal, o açúcar, o creme de leite, a farinha de trigo e deixe descansar enquanto prepara o recheio. Misture a manteiga e junte o açúcar, mexendo até obter um creme liso. Acrescente o licor ou suco de laranja, as raspas e reserve.
Derreta pedacinhos de manteiga em uma frigideira e frite pequenas porções da massa. Deixe-a dourar de ambos os lados. Mantenha as crepes aquecidas dentro de um recipiente refratário.
Espalhe um pouco de recheio sobre cada uma e dobre-as em quatro. Ao servir, polvilhe açúcar sobre as crepes, misture o conhaque ao licor de laranja e aqueça-os em uma concha sobre a chama do fogão Deixe a bebida acender e despeje imediatamente em chamas sobre as crepes.




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