Conservas

Napoleão creditava ás conservas a saúde de suas tropas. George Washington colecionava picles- chegou a armazenar 476 tipos.
O apreço e apego se justificam: verduras e legumes, carnes e frutas, ervas e especiarias em pedaços, ou inteiros, picantes, amargos ou agridoces que podem ser devorados a qualquer minuto.
Basta ter o vidro à mão e,quiçá, um garfo, um palitinho ou um naco de pão.
Temendo soar pejorativo, as conservas são uma espécie de refeição tapa buraco.
Entram sobre saladas, em sanduíches, canapés, finger food, como acompanhamento ou até em sobremesas.
Temperam e dão brilho.
Todo alimento tem validade. Desde sempre a humanidade desafia essa regra buscando técnicas de conservação. As conservas são tão antigas quanto as marinadas, tão antigas quanto a humanidade, porque o homem sempre precisou preservar os alimentos. Relish, chutneys, picles, marinadas e geléias nasceram assim.
Existe conservas em toda cultura gastronômica.
As conservas já foram fonte de vitaminas, mas mais que tudo prolongam a vida dos produtos de temporada e podem sozinhas determinar uma refeição.

O picles na linha do tempo:

2400 a.C: Arqueólogos e antropólogos que os habitantes da Mesopotâmia faziam conservas de vegetais.
580 a.C: Aristóteles elogiou os efeitos curativos de pepinos curados.
1492: Picles foram trazidos para o Novo mundo por Cristóvão Colombo, que é conhecido por ter plantado pepinos no Haiti.
1659: Holandeses em Nova York plantaram pepinos em toda a área que hoje é o Brooklyn e os venderam a negociantes que conservavam-nos em barris com diferentes salmouras e depois os vendiam em bancas de rua.
1809: Para Napoleão, os picles davam saúde às tropas. Ofereceu uma fortuna a quem desenvolvesse um modo seguro de preservar alimentos. O confeiteiro Nicholas Appert levou o prêmio ao remover o ar de uma garrafa fervida.
2001: Mais de 2 milhões de quilos de picles são consumidos anualmente nos E.U.A.


Fonte: Revista Gula (março-2012)

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